O Verdadeiro Sentido da Páscoa
É Páscoa. Uma data muito
comemorada, mas que para uma boa parte das pessoas perdeu o seu significado. A Páscoa
tornou-se uma data onde se espera o recebimento de ovos, chocolates, bombons,
coelhos (sim eu já vi crianças ganhando coelhinhos de pelúcia ou mesmo de
verdade “de olhos vermelhos...”), ou seja, uma data apenas comercial como o dia
dos namorados, das mães, dos pais, das crianças, etc.
Podem até me dizer: “nossa quanta
falta de sensibilidade”! Mas essa é a verdade dessas datas. Afinal, o amor e a
demonstração deste amor, por essas pessoas que são homenageadas nos respectivos
dias devem ser feita diariamente. Não tenho nada contra comemorar esses dias,
mas, é nítido que a especificação de uma data faz com que muitas vezes pais
sejam lembrados apenas nesses dias, namorados (entram aqui também os casados)
busquem um relacionamento mais próximo ou uma demonstração de romantismo apenas
no dia 12 de junho.
Enfim, porque essa demonstração
de amor não pode ser feita diariamente? Assim também pergunto, porque ainda
muita gente apenas se lembra de Jesus Cristo em datas específicas como no natal
e na “semana santa” (que é o foco da reflexão)? Resposta: TRADIÇÃO!
A origem dos ovos e coelhos na
páscoa é bastante antiga. Segundo alguns autores, os anglo-saxões
teriam sido os primeiros a usar o coelho como símbolo da Páscoa. Outras fontes,
porém, o relacionam ao culto da fertilidade celebrado pelos babilônicos e
depois transportado para o Egito. A partir do século VIII, foi introduzido nas
festividades da páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e
ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. À figura do
coelho juntou-se o ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente
morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para
a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida¹.
Mas foi no século XVIII que
a igreja adotou o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Ou seja, foi
santificado um costume pagão e ovos pintados começaram a ser bentos e
distribuídos aos fiéis. Em 1215 na Alsácia, França, ocorreu o surgimento da
lenda de um coelhinho, que foi dos animais da floresta, o escolhido para levar
e presentear um menino príncipe que estava doente, e até os dias atuais se tem
o hábito de presentear amigos com ovos, não mais de galinhas, mas de chocolate
que supostamente para as crianças, continuam sendo trazidos pelo coelhinho o
que fez com que a ideia principal da Páscoa, qual seja, ressurreição e
renovação de vida, fosse perdida.
Mas afinal, qual a
verdadeira origem e significado da Páscoa cristã?
Em primeiro lugar coelhos
e ovos não tem nada a ver com a verdadeira Páscoa. No Antigo Testamento é onde
encontramos a sua origem, mas precisamente no capítulo 12 de êxodo. O povo de
Israel liderado por Moisés encontrava dificuldade de sair do Egito, pois Faraó,
o rei, não queria deixar o povo sair e como consequência muitas pragas
afligiram o povo do Egito e também a Faraó. A décima praga, porém, foi fatal: a
matança dos primogênitos - o filho mais velho seria morto.
Seguindo as instruções de
Deus, cada família hebreia, no dia 14 do primeiro mês do calendário judaico
(Nisã), deveria sacrificar um cordeiro e aspergir (borrifar) o seu sangue nos
umbrais das portas de sua casa. Assim, o mensageiro de Deus, não atingiria esta
casa com a décima praga. A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com
pão não fermentado e ervas amargas, preparando o povo para a saída do Egito.
Segundo a Bíblia, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o
primogênito do Faraó foram mortos. Então Faraó, com medo de que todos os
egípcios fossem mortos liberou a saída do povo de Israel do egito.
Como mandamento,
anualmente cada família hebreia deveria festejar a Páscoa (palavra hebraica que
significa PASSAGEM). Uma festa para celebrar a libertação da escravidão no Egito,
mas que se prestarmos atenção, já aponta para a libertação do pecado através do
sangue de Jesus no Novo Testamento (O Cordeiro que tira o Pecado do mundo).
A
Ceia do Senhor é a forma pela qual a igreja evangélica celebra a morte e a
ressurreição de Cristo. Jesus em substituição a Páscoa Judaica nos exorta a
seguinte prática: “E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai,
comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é
o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em
memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este
cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha. (1 Coríntios 11:24-26).
Então,
voltando à pergunta inicial, porque essa demonstração de amor a Jesus Cristo e
a sua obra redentora na cruz não pode ser feita diariamente? Não seria tal
feito, algo suficientemente grande para que fôssemos gratos e demonstrássemos
nosso amor através de orações e da prática constante (diária) de seus
ensinamentos?
É
necessária esta reflexão, vivemos dias que lembram a passagem de Jesus por
Gadara (Mc 5:1-20). Ele se entregou por amor a nós, e o que se vê? Pessoas dando
mais valor ao que se ganha nesta data, do que aquilo que ganhou com a morte e a
ressurreição de Cristo, a saber, a remissão de pecados e consequentemente o
livramento da morte espiritual. Pessoas que dão maior valor as coisas materiais
do que as espirituais.
Crianças crescem sabendo da
existência do coelho da Páscoa e que este entrega os ovinhos de chocolate, mas
desconhecem a obra redentora de Cristo na cruz. “Mas e a fantasia, meu filho
não tem o direito de fantasiar”? Salomão em sua enorme sabedoria disse: “Instrui o menino no caminho em que deve
andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. (Provérbios 22:6)
Que neste
dia você possa refletir a respeito das crendices ou tradições que deixam em
segundo plano, o verdadeiro propósito da celebração da Páscoa para o cristão.
Que possamos também refletir no propósito da Ceia do Senhor; em todos os
ensinamentos de Jesus aos apóstolos e que se estendem a nós até hoje e
perdurará até a Sua volta. Que entendamos enfim que a Páscoa marca a remissão
de nossos pecados através do sacrifício de Jesus na cruz, e também é estar em
comunhão com Ele e com os irmãos da igreja.
“Fazei
isso em memória de mim...”. (1 Co 11:24b) Quer realmente ser salvo? Então, faça
apenas aquilo que Jesus ensinou, deixando crendices, tradicionalismo e
ensinamentos que não se encontram na Bíblia de lado, afinal, Jesus disse em
Mateus 15:9: “Em vão me adoram ensinando
doutrinas que são preceitos de homens”.
Glórias a
Deus por sua graça e misericórdia!
FELIZ
PÁSCOA
Deixe seu comentário!!!
Deixe seu comentário!!!
José Luiz
Tavares
muito interessante! Não sabia da origem da tradição dos ovos e coelhos; tudo isso nada mais é q substituição (lê-se IDOLATRIA) pois troca-se o Criador pela criatura, visando tão somente satisfazer este, ao invés de adorar Àquele.
ResponderExcluirExatamente Su, tudo aquilo que em nosso coração tem mais valor que o amor a Deus e sua Palavra nada mais é que idolatria!!! Bj
ResponderExcluir