terça-feira, julho 12, 2011

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Casamento Gay


Engraçado... Por que casar está em desuso entre a sociedade e - na contramão da última tendência - os homossexuais estão lutando tanto para alcançar este “direito”? Por que esta insistência, essa batalha travada em se unirem em matrimônio?
 Por um lado dizem: Aproveitem a vida! Não casem! Casamento = ‘game over’; por outro: Nós queremos casar! Queremos... Queremos... Queremos!
O que querem, afinal?
Por que esse desespero em se darem em casamento, se a sociedade já ‘ abençoou’ o velho ditado: ‘amigado com fé, casado é’. E mais. As leis civis garantem aos companheiros, dependendo do tempo de convívio efetivo, amplos direitos sucessórios. O que querem mais?
A perenidade do relacionamento não depende inteiramente da ‘bênção’ daquele que realiza a cerimônia, mas sim do próprio par na identidade daquilo que buscam, afinidade, cumplicidade, companheirismo e, principalmente, amor.
 Na verdade, eu sempre achei - e seguirei firme nesse posicionamento até que me convençam do contrário – que é muito difícil para o homossexual se assumir e se aceitar como é. Talvez mais difícil para ele que para nós, heterossexuais.
Vêm os primeiros desejos, as ânsias. Parece que o próprio corpo pede algo que a mente luta contra. Batalhas diárias são travadas entre a mente e o corpo. É uma luta dura e covarde, pois ao mesmo tempo que não pretende se render, o corpo grita e é muito forte. Uma sensação praticamente incontrolável. Então, a saída – não definitiva – é a aceitação.
 Uma vez aceito aquilo que a carne inflama, passa-se à assunção.
O descobrimento e a aceitação são fases que trazem conflitos, ainda que tão somente internos. Daí extrai-se que, se seu subconsciente – se assim posso dizer - briga com aquilo que o seu corpo pede, é porque lá no âmago sabe-se que este não é o comportamento adequado a se adotar. Contudo, as circunstâncias e o desejo latente o fazem crer que não dá para brigar com o próprio corpo e já cansado de abafar o grito e tentar controlar o que não consegue controlar, sabe-se lá porque, a saída é aceitar e assumir o que é.
O misto de sentimentos confunde, traz agonia, cansa e o que se tem a fazer? Encarar o que vem pela frente e se responsabilizar pela escolha feita. Enfrenta-se, então, com seus prós e contras a condição assumida. Vale ressaltar, mais contras que prós. E alguém pode dizer: ‘Lógico, pois nossa sociedade é hipócrita e covarde!’ Eu respondo: Se foi difícil para o próprio homossexual se aceitar tal como é, tendo que solucionar conflitos internos – no mínimo – enfrentando preocupação com a família, opinião de amigos, parentes, imagine para um heterossexual que não teve qualquer conflito com orientação sexual? Não pode ao menos sentir estranheza no fato de duas pessoas do mesmo sexo se relacionarem afetuosamente?
Assumir abertamente sua opção sexual, entendo eu, como um dos passos mais difíceis, porque já não é mais você com suas próprias questões, mas a reprovação agora vem daqueles – justamente – de quem se espera apoio e amparo: família, amigos, pessoas que se admira. Sem contar a sociedade que se opõe, mesmo com toda modernidade que se quer pregar. Alguns poucos são os que abraçam e entendem.
 Neste momento, há um grande ‘boom’ na causa gay. Casam ou não casam? Não é esse o ‘direito’ que tanto perseguem – pelo menos nos últimos tempos? Depois que casarem, será que vão lutar para que aqueles que se opuseram, os amem e os aceitem de braços abertos com seus defeitos e qualidades?
Queridos, não se enganem. O único que os aceitará dessa forma é Deus! Mesmo nossos pais, por vezes, se enchem. Não nos agüentam e torcem para que tomemos tão logo um rumo em nossas vidas e sigamos em frente sem que seja necessária a dura responsabilidade não só do impulso como da supervisão de que caminho vamos tomar na longa estrada da vida.
Acredito ser muito inocente aceitar que, na verdade, é apenas isto que se quer.  É tão difícil se aceitarem e obterem um retorno da sociedade que querem através da legalização do casamento entre homossexuais, serem aceitos.
 Acreditam, ingenuamente, que a legalização corresponderá a automática aceitação da sociedade e o nascimento de uma linda história de amor e cumplicidade entre homossexuais e os que defendem a célula mater tradicional.
Contrariamente, se forem pelo lado do famoso bordão ‘vocês vão ter que me engolir’, lamento, mas a estatística de violência contra a classe vai aumentar.  E desde já declaro que sou totalmente contra os que praticam esse ato infame de ignorância e covardia.  Mas aproveito também, para indagar por que trazem como argumento a violência contra o homossexual para a legalização do casamento homoafetivo?
 Estranho hastearem a bandeira da consagração da luta pelos seus direitos que – segundo alguns – são constantemente transgredidos, se em praticamente todos os meios de comunicação o tema é debatido abertamente e a mídia, inclusive, tem investido maciçamente no assunto e buscado incutir na nossa mente como natural e incorporar a nossa realidade, dizendo-se comum.
 Finalmente – espero não tê-los enfadado – não sou contra o homossexual. Respeito. Porém, não concordo com a prática do homossexualismo. Não entendo como normal e não encaro com naturalidade. Todavia, sei perfeitamente que não é prática recente. É jurássico!
Acredito nas figuras do homem e da mulher como um casal. Duas pessoas do mesmo sexo não são casal, mas um par.
Apenas como título de atenção para encerramento, a salvaguarda dos direitos do homossexual jamais será completa se for encarada como minoria discriminada e defendida tão somente por ser homossexual, mas a causa deveria ser imbuída do elemento substancial de ser complexamente um ser humano. E para isso não precisa de bandeira, a Constituição Federal e todo o ordenamento jurídico brasileiro são apoiados no princípio da dignidade humana. 

Fernanda Barbosa

2 comentários:

  1. Parabéns Prima excelente texto. Te amo e me orgulho cada dia mais de você!

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  2. Belíssimo esse texto, Deus abençoe grandemente a autora.

    Ezequiel Domingues dos Santos

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